Tento ver a vida como se tivesse pouca idade em meu olhar...
Certo dia, minha filha Débora, ou Déda (apelido dado por Luciana, sua irmã mais velha), estava brincando com a Luciana e correndo pelo apartamento. Numa dessas corridas, passaram como relâmpagos pela sacada, onde havia plantas. Luciana esbarrou em uma delas. Déda parou imediatamente de correr, fez uns dengos na planta e "explicou" à Lu: "Tem que tomar cuidado pra não machucar.
A planta é igual à gente, só que fala baixinho". Fiquei bastante tempo pensando naquele universo infantil, meio poético, meio fantástico, e resolvi fazer uma canção tentando (como digo na letra) ver a vida como se tivesse pouca idade em meu olhar.
CURIOSIDADE: Algum tempo depois, essa música me valeu um contrato com a RCA Victor e a participação no Festival MPB 1980. No Festival propriamente dito, eu quebrei a cara porque um copista errou o primeiro compasso (um belíssimo arranjo de Marcos de Castro) e eu perdi o rebolado na apresentação. Mesmo assim, o Augusto César Vannucci, diretor do festival, me convidou para trabalhar na própria Rede Globo.
Ele se tornaria um dos meus grandes amigos.
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